sábado, 30 de junho de 2007

Rumo ao sul

post scriptum...
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[diário de viagem de um louco]...
Epílogo


E o que ficou? Esta seria a pergunta que ficava martelando na cabeça nos meses seguintes, pelo menos nos quatro ou cinco... Logo depois da volta tudo mudou, virou de pernas para o ar. Os dias que se seguiram passaram penosos, o aniversário chegou, a sensação de ficar mais velho só piorou as coisas... Encontrando-se em uma encruzilhada a solução é tomar o caminho mais lógico, e seguir...
E seguindo os dias foram passando, as semanas, os meses... Os estudos voltaram a ser importantes, ocupando o tempo e até mesmo divertindo. Mais tempo passando, mais amizades, mais distração... A cura se faz por si próprio.
Muitas das palavras que seguiram de ambos os lados seriam motivo de arrependimento depois, mas nessas situações o melhor é falar, gritar, brigar com o mundo para pedir desculpas depois. É assim que as coisas funcionam e as relações se fortalecem. Agora eu sei bem...
E mais meses se passando, chega o momento de expor as idéias, transmitir os pensamentos pra que, quem sabe, eles semeiem algo em alguém. E que idéia melhor que um diário de viagem?!
Então dedos no teclado, vasculhando a mente [as vezes com ajuda do I-doser] para lembrar de cada detalhe de cada dia... E tudo foi fluindo... E a aprovação que eu mais precisava, eu tive... Ótimo, tenho que fazer disto o melhor possível!
E passados todos os sentimentos que prejudicariam minhas conclusões, o que posso lembrar, e dizer, são as memórias de um jogo do México deitado numa cama com pessoas rindo ao meu lado, das mãos dadas o tempo todo, das dezenas de amigos e pessoas inesquecíveis que pude conhecer, quando cheguei a pensar um dia que nunca chegaria até lá, do frio diferente do daqui, das longas caminhadas e do conhecimento que tudo aquilo me trouxe, da independência de estar, pela primeira vez, andando com as próprias pernas, lembranças de um jogo do Brasil acompanhado de pizza e muita zoação, das diversas casas que conheci e me receberam como se eu fosse dali, do nascer do sol refletido no Guaíba no dia da chegada, bem como os pilares da ponte que denuncia a chegada a Porto Alegre se aproximando na chegada e ficando pequenas e distantes na partida...

2 comentários:

Anônimo disse...

Não sabes como fiquei feliz em ler toda história...
Sabe, sei que errei e bastante, fiquei triste... chorei... odeio magoar as pessoas, mas acho que assim como pra mim foi um aprendizado pra ti também foi e de alguma forma precisávamos viver isso !
Espero um dia poder te reencontrar, conversar, tomar um belo café e virar a página e esquecer todas as coisas ruins, por que acima de tudo... sempre fomos [e muito] amigos e fiquei muito triste quando nos afastamos.

Não tenho mais muito o que falar além do que já falasse e além do que já falei então mais uma vez... Parabéns pois escreves maravilhosamente bem :]

Beijos

Someone. disse...

Bonita, porém triste. Literalmente uma aventura... ♥