segunda-feira, 25 de junho de 2007

Rumo ao sul

Agora, os últimos dias...
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[diário de viagem de um louco]...
parte final


O domingo era dia de formatura de alguns conhecidos. Tarde cinzenta, talvez solidária aos meus sentimentos, agora que me acostumava e já teria que deixar tudo pra trás. Vestido mais formalmente, pé na rua até a casa dela para irmos juntos. Lá chegando, retoques finais em sua maquiagem e algumas fotos das quais me orgulho...
Para o teatro, aonde eu conhecia muito poucos dos que lá estavam. Mas era a hora de 'não agitar' tanto quanto nos últimos dias. Mais observei do que falei, tentei deixar todos o mínimo desconfortáveis possível, já que era um estranho no ninho. Acho que consegui.
Terminado aquele momento de alegria -que tenho de reconhecer, deve mesmo ser muito celebrado- andando então até o Q.G., ficando algumas horas por lá, na companhia de séries de tv e daquela certa melancolia de domingo a noite, agravada por ser a véspera da partida.
Horas passando. Agora eram escassas. Até chegar perto da meia noite e combinar o dia seguinte.
No hotel, recolher as coisas, arrumar a mala. Ligação pra casa. A gripe que me acompanhou a semana toda ainda é forte. Mas tudo agora são pormenores. A cabeça já pensa automaticamente no 'daqui pra frente'... Incerto, talvez. Esperança, muita!
E como um autêntico presente de despedida, o sol vem se despedir também. Brilha como em nenhum dos 8 dias anteriores. O dia é quente, isso ajuda.
Chegando lá para se despedir, uma surpresa. Um presente muito doce, literalmente. O gosto posso até esquecer, mas o gesto, as palavras e os votos... Jamais. Foi mais que uma peregrinação, foi auto-ajuda.
Até a cidade então para comprar a passagem de ônibus. No caminho, o presente da segunda-feira anterior veio como uma despedida. E como na segunda anterior, alguns momentos no banco da praça, pra dar uma vista geral daquilo.
Quase não consigo a passagem, que sorte. 19 horas parto, 23 horas o vôo... Dá tempo de voltar, comer algo rápido, passar no hotel, fazer check-out e pegar a carona até a Rodoviária. Tempo em cima.
E alguns breves momentos de despedida, agradecimentos por tudo. Um abraço, mais algumas curtas palavras, uma promessa que mesmo agora não perdeu o efeito e a janela do ônibus. A cabeça pensa "diga até mais, mesmo se for adeus..." mas o sentimento é o oposto. É a certeza de ter deixado algo por ali, ao passo que também levava comigo.
Estrada a noite, os pensamentos são leves, o sono chega. Logo é Porto Alegre e meu roadmovie está quase completo.
Aeroporto, check-in, telefonema pra cá, telefonema pra casa, pronto. Espera e embarque. Assento perto da turbina, dor de cabeça, aterrissagem, Guarulhos. Taxi, casa, 2 a.m, banho e cama. Fim.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu entendo bem essa ultima parte da ultima parte... sou suspeita pra falar qualquer coisa, pq nao me lembro de nenhuma vez em q eu quis voltar pra vidinha...
mas é pra isso q a gente vive, pra tá sempre indo e tendo do que se lembrar!

mas pena q acabou a história! Escreva outras, pq eu gosto de ler eheh!

=D