domingo, 26 de agosto de 2007

Poeira e sangue seco

É como tentar evitar o inevitável
Acreditar que irá aproveitar o tempo
Que o relógio irá andar pra trás
Que a poeira não irá se acumular
É como acreditar que o sangue não irá derramar
Que a dor não irá doer, ou que vontade irá agüentar
Como acreditar que o sangue não irá secar
E que remover não irá machucar
É pensar que o tempo não irá passar
A poeira irá cessar
E a vida não irá mudar.

Ao fim, seremos só e apenas só
Poeira e sangue seco
E um punhado de memórias jogadas ao vento

T. 26/08/2007

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