terça-feira, 31 de julho de 2007

Tributo: café



Ao ler 1984, obra magnífica de George Orwell, muitas assombrações podem passar pela nossa mente. Entre tantas outras, uma específica me toma os pensamentos no momento. Claro, num mundo totalitário ao extremo onde apenas o Governo controla tudo o que acontece, é natural que não só o café, como qualquer alimento seja racionado e manipulado para ser servido à população como uma vasta lembrança do que fora este produto, mantendo apenas para poucos privilegiados o verdadeiro produto, o verdadeiro prazer.
A comparação com o livro para por aqui, outra hora haverá um comentário sobre ele.
Parando pra pensar, aqueles que gostam do café, evidentemente, é assombroso imaginar o líquido sem o prazer de degustá-lo.
Quente, frio, com sorvete, acompanhado ou não, com música ou não, incrementado ou não. É um prazer somente conhecido para aqueles que o apreciam, naturalmente. Quem não o gosta nunca saberá o prazer que é sentir as papilas saboreando o líquido, amargo ou não, e poder pensar apenas nisso.
Pode ser só invenção de um pseudo-escritor blasé e metido a cult, mas o café é algo inspirador. Ao meu gosto, puro, forte e com pouco açúcar. E no frio extremo, com canela e alguma bebida, conhaque de preferência. A mente viaja, imaginando som de piano, um bar com vista para a rua, pessoas conversando, boa companhia ao lado e muito café. Risadas, boas conversas. Um desvio da rotina, talvez.
Um líquido é capaz disso? Talvez sim, talvez não. O certo é que é um complemento, e um belo complemento. Faz querer viver melhor, aquece e abranda. Desde lugares gelados até os calorosos demais, será sempre boa pedida. Café é vida noir, boêmia e cult ao mesmo tempo.
[E pode-se tomar fazendo caretas sem ser mal-interpretado!]

Um comentário:

CAIÇARA disse...

A-M-E-I o post. favor dar um ctrl+f no meu blog e procurar a palavra "café", e terá como resposta ao seu post algo que eu poderia postar aqui :)