sábado, 20 de outubro de 2007

Quem é você?..

Por onde você anda? O que você faz e com quem você faz? Sobre o que você conversa? Você conversa ou mata o tempo? Você aproveita o tempo? O que você vai deixar?..


Não se assuste com a[s] pergunta[s]. Quantas vezes você já parou pra pensar no que fala, no que faz, no que não faz?
Somos obrigados a quase tudo, obrigados a ver tv, obrigados a não pensar no que não devemos, obrigados a consumir... E então, quem somos nós?
Eu digo o verdadeiro ser de cada um. Estamos em extinção, essa é a verdade.
Os seres pensantes estão deixando de existir, amortizados por uma vida sufocante e torturadora. Sem pânico, é isso mesmo.
Não conseguimos mais nos dedicar ao que gostamos, e se o conseguimos, é um luxo!
Então fazemos coisas mecanicamente, sem parar pra pensar se gostamos ou se aquilo é realmente algo lúdico. Não mais nos dedicamos a conversas inteligentes [claro, salvo sob raras e felizes exceções], não falamos o que pensamos, não fazemos o que pensamos. Estamos nos acomodando, e isso é muito perigoso.
Lugares questionáveis, amizades questionáveis, atitudes, conversas etc... Deixamos escapar nossos verdadeiros pensamentos várias vezes por preguiça, cautela, etc etc. Estamos correndo sério risco de ficarmos atrofiados, indo no sentido contrário da evolução [alguns aliás já estão neste retrocesso há dezenas de anos].

Se não pararmos o mundo pra nos dedicar a transmitir o que nós somos, não vai mais haver mundo daqui um tempo. Ainda há esperança nas idéias de quem não aceita simplesmente tudo que é obrigado a engolir, nas idéias de quem contesta.
As famílias estão se extinguindo, e eu tenho pavor de colocar neste mundo mais uma vida condenada, como tantas outras pessoas que pensam o mesmo.
Então, cabe a nós pavorosos termos um pouco mais de pulso -e de estômago- pra reparar um pouco do mal que fazemos, e quem sabe [quem sabe], ainda deixar algo de bom pro futuro...

[falar que isso é utópico já é um péssimo entendimento...]

Um comentário:

Alice Cheng. disse...

Isso parece aquela coisa.. "que mundo deixaremos pros nossos filhos?".

Eu tb preciso de estômago.