post scriptum...
-
[diário de viagem de um louco]...
Epílogo
E o que ficou? Esta seria a pergunta que ficava martelando na cabeça nos meses seguintes, pelo menos nos quatro ou cinco... Logo depois da volta tudo mudou, virou de pernas para o ar. Os dias que se seguiram passaram penosos, o aniversário chegou, a sensação de ficar mais velho só piorou as coisas... Encontrando-se em uma encruzilhada a solução é tomar o caminho mais lógico, e seguir...
E seguindo os dias foram passando, as semanas, os meses... Os estudos voltaram a ser importantes, ocupando o tempo e até mesmo divertindo. Mais tempo passando, mais amizades, mais distração... A cura se faz por si próprio.
Muitas das palavras que seguiram de ambos os lados seriam motivo de arrependimento depois, mas nessas situações o melhor é falar, gritar, brigar com o mundo para pedir desculpas depois. É assim que as coisas funcionam e as relações se fortalecem. Agora eu sei bem...
E mais meses se passando, chega o momento de expor as idéias, transmitir os pensamentos pra que, quem sabe, eles semeiem algo em alguém. E que idéia melhor que um diário de viagem?!
Então dedos no teclado, vasculhando a mente [as vezes com ajuda do I-doser] para lembrar de cada detalhe de cada dia... E tudo foi fluindo... E a aprovação que eu mais precisava, eu tive... Ótimo, tenho que fazer disto o melhor possível!
E passados todos os sentimentos que prejudicariam minhas conclusões, o que posso lembrar, e dizer, são as memórias de um jogo do México deitado numa cama com pessoas rindo ao meu lado, das mãos dadas o tempo todo, das dezenas de amigos e pessoas inesquecíveis que pude conhecer, quando cheguei a pensar um dia que nunca chegaria até lá, do frio diferente do daqui, das longas caminhadas e do conhecimento que tudo aquilo me trouxe, da independência de estar, pela primeira vez, andando com as próprias pernas, lembranças de um jogo do Brasil acompanhado de pizza e muita zoação, das diversas casas que conheci e me receberam como se eu fosse dali, do nascer do sol refletido no Guaíba no dia da chegada, bem como os pilares da ponte que denuncia a chegada a Porto Alegre se aproximando na chegada e ficando pequenas e distantes na partida...
Mostrando postagens com marcador Diário. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Diário. Mostrar todas as postagens
sábado, 30 de junho de 2007
Rumo ao sul
Marcadores:
Arquitetura,
Caminhadas,
Conclusões,
Copa do Mundo,
Cultura útil,
Dia dos namorados,
Diário,
Divagações,
Flores,
frio de rachar,
Hotéis,
I-doser,
Opiniões,
Outono,
Pelotas,
Porto Alegre,
Quadrilha,
Recomeço,
Rio Grande do Sul,
roadmovie,
Romance,
Sampa,
Sonhos,
Turismo,
Variedades,
Verborragia
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Rumo ao sul
Agora, os últimos dias...
-
[diário de viagem de um louco]...
parte final
O domingo era dia de formatura de alguns conhecidos. Tarde cinzenta, talvez solidária aos meus sentimentos, agora que me acostumava e já teria que deixar tudo pra trás. Vestido mais formalmente, pé na rua até a casa dela para irmos juntos. Lá chegando, retoques finais em sua maquiagem e algumas fotos das quais me orgulho...
Para o teatro, aonde eu conhecia muito poucos dos que lá estavam. Mas era a hora de 'não agitar' tanto quanto nos últimos dias. Mais observei do que falei, tentei deixar todos o mínimo desconfortáveis possível, já que era um estranho no ninho. Acho que consegui.
Terminado aquele momento de alegria -que tenho de reconhecer, deve mesmo ser muito celebrado- andando então até o Q.G., ficando algumas horas por lá, na companhia de séries de tv e daquela certa melancolia de domingo a noite, agravada por ser a véspera da partida.
Horas passando. Agora eram escassas. Até chegar perto da meia noite e combinar o dia seguinte.
No hotel, recolher as coisas, arrumar a mala. Ligação pra casa. A gripe que me acompanhou a semana toda ainda é forte. Mas tudo agora são pormenores. A cabeça já pensa automaticamente no 'daqui pra frente'... Incerto, talvez. Esperança, muita!
E como um autêntico presente de despedida, o sol vem se despedir também. Brilha como em nenhum dos 8 dias anteriores. O dia é quente, isso ajuda.
Chegando lá para se despedir, uma surpresa. Um presente muito doce, literalmente. O gosto posso até esquecer, mas o gesto, as palavras e os votos... Jamais. Foi mais que uma peregrinação, foi auto-ajuda.
Até a cidade então para comprar a passagem de ônibus. No caminho, o presente da segunda-feira anterior veio como uma despedida. E como na segunda anterior, alguns momentos no banco da praça, pra dar uma vista geral daquilo.
Quase não consigo a passagem, que sorte. 19 horas parto, 23 horas o vôo... Dá tempo de voltar, comer algo rápido, passar no hotel, fazer check-out e pegar a carona até a Rodoviária. Tempo em cima.
E alguns breves momentos de despedida, agradecimentos por tudo. Um abraço, mais algumas curtas palavras, uma promessa que mesmo agora não perdeu o efeito e a janela do ônibus. A cabeça pensa "diga até mais, mesmo se for adeus..." mas o sentimento é o oposto. É a certeza de ter deixado algo por ali, ao passo que também levava comigo.
Estrada a noite, os pensamentos são leves, o sono chega. Logo é Porto Alegre e meu roadmovie está quase completo.
Aeroporto, check-in, telefonema pra cá, telefonema pra casa, pronto. Espera e embarque. Assento perto da turbina, dor de cabeça, aterrissagem, Guarulhos. Taxi, casa, 2 a.m, banho e cama. Fim.
-
[diário de viagem de um louco]...
parte final
O domingo era dia de formatura de alguns conhecidos. Tarde cinzenta, talvez solidária aos meus sentimentos, agora que me acostumava e já teria que deixar tudo pra trás. Vestido mais formalmente, pé na rua até a casa dela para irmos juntos. Lá chegando, retoques finais em sua maquiagem e algumas fotos das quais me orgulho...
Para o teatro, aonde eu conhecia muito poucos dos que lá estavam. Mas era a hora de 'não agitar' tanto quanto nos últimos dias. Mais observei do que falei, tentei deixar todos o mínimo desconfortáveis possível, já que era um estranho no ninho. Acho que consegui.
Terminado aquele momento de alegria -que tenho de reconhecer, deve mesmo ser muito celebrado- andando então até o Q.G., ficando algumas horas por lá, na companhia de séries de tv e daquela certa melancolia de domingo a noite, agravada por ser a véspera da partida.
Horas passando. Agora eram escassas. Até chegar perto da meia noite e combinar o dia seguinte.
No hotel, recolher as coisas, arrumar a mala. Ligação pra casa. A gripe que me acompanhou a semana toda ainda é forte. Mas tudo agora são pormenores. A cabeça já pensa automaticamente no 'daqui pra frente'... Incerto, talvez. Esperança, muita!
E como um autêntico presente de despedida, o sol vem se despedir também. Brilha como em nenhum dos 8 dias anteriores. O dia é quente, isso ajuda.
Chegando lá para se despedir, uma surpresa. Um presente muito doce, literalmente. O gosto posso até esquecer, mas o gesto, as palavras e os votos... Jamais. Foi mais que uma peregrinação, foi auto-ajuda.
Até a cidade então para comprar a passagem de ônibus. No caminho, o presente da segunda-feira anterior veio como uma despedida. E como na segunda anterior, alguns momentos no banco da praça, pra dar uma vista geral daquilo.
Quase não consigo a passagem, que sorte. 19 horas parto, 23 horas o vôo... Dá tempo de voltar, comer algo rápido, passar no hotel, fazer check-out e pegar a carona até a Rodoviária. Tempo em cima.
E alguns breves momentos de despedida, agradecimentos por tudo. Um abraço, mais algumas curtas palavras, uma promessa que mesmo agora não perdeu o efeito e a janela do ônibus. A cabeça pensa "diga até mais, mesmo se for adeus..." mas o sentimento é o oposto. É a certeza de ter deixado algo por ali, ao passo que também levava comigo.
Estrada a noite, os pensamentos são leves, o sono chega. Logo é Porto Alegre e meu roadmovie está quase completo.
Aeroporto, check-in, telefonema pra cá, telefonema pra casa, pronto. Espera e embarque. Assento perto da turbina, dor de cabeça, aterrissagem, Guarulhos. Taxi, casa, 2 a.m, banho e cama. Fim.
Marcadores:
Caminhadas,
Conclusões,
Dia dos namorados,
Diário,
Divagações,
frio de rachar,
Hotéis,
Outono,
Pelotas,
Porto Alegre,
Rio Grande do Sul,
roadmovie,
Romance,
Viagens
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Rumo ao sul
Antes, a madrugada que apenas começava...
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 7
O frio era de gelar os ossos. As dezenas de cartazes nas mãos indicavam que viriam boas horas pela frente, e o melhor a fazer era espalhá-los nos pontos onde mais chamassem a atenção. Então quase todo poste de quase toda esquina da cidade naquela noite tinha o cartaz da festa do dia seguinte colado. Ao longo do caminho muita conversa e risada pra espantar o frio. Até luva nas mãos era necessário. E as horas iam passando lentamente, ao contrário dos nossos passos rápidos e apertados. Madrugada adentro, por mais fria que fosse era mais uma das inesquecíveis...
E novamente já passava das 5 da manhã. Dia amanhecendo, hora mais fria! Ao término, as tradicionais caminhadas até o Q.G. mais decisões acertadas para o dia seguinte, o dia D.
Volta para o hotel congelando de frio e umidade... Acordar, só lá pra Dez.. Digo, 2 ou 3 da tarde!
Feito então, acordar, almoçar, ir para o Q.G. ajudar a opinar [leia-se 'dar palpite'] na playlist dos dj's e donos da festa... Então tudo quase pronto, levam os equipamentos pro local, cada um pra suas casas se arrumar, e eu para o hotel ver se as pilhas carregaram, escolher o casaco da noite e sair. Acho que escolhi uma blusa muito fina...
Passando pela porta, algumas pessoas bebendo antes de entrar, dou um pulo lá dentro pra ver como estão as coisas. Dali um pouco as músicas começam a tocar e todos entram. Música boa faz isso sozinha! Que comece então, a festa tão esperada!
A partir daí os tragos ajudam a entrar em transe e todos se animam, o local se torna quente, alguém me revela uma agradável surpresa... Tudo vai maravilhosamente bem.
E as horas passam, os dj's se alternam e mesmo com algumas pessoas mugrando no meio da madrugada, a chuva torrencial chega lá fora, trás todos novamente pra dentro e aquilo tudo se infla novamente. No meio de tudo os flashes registram tudo o que for possível e as pilhas que não carregaram deixarem. Pausas pra descansar, beber um gole, e recomeçar. Madrugada adentro...
Tão adentro que o dono do local quer fechar. Um desentendimento que quase acaba com a noite e muda os planos para as festas futuras. Talvez mudar seja bom, mesmo eu não estando mais aqui...
Na saída, um pouco de nervosismo, natural pelos acontecimentos. Devia estar uns 3 graus, mais a garoa fina, imaginem a sensação... No meu corpo uma camisa de gola e uma blusa tão fina quanto café mal feito! Isso porque o casaco eu tive que passar a outra pessoa, tremendo ao mesmo tempo de frio e de nervosa. E apesar de congelar novamente ali, estranhamente eu não tremia. Até hoje não sei dizer porque...
Mas, para fechar a noite, a devolução do casaco, e algumas palavras balbuciadas no calor da noite fria e da emoção... Talvez certas, talvez na hora errada. Só o tempo diria. E disse. Demorou, claro, mas este diário não existiria se aquelas palavras naquele momento fossem completamente nulas...
Volta pro hotel então. Agora sinto realmente que as horas passam rápido e que o fim da viagem está perto. Apenas mais uma noite e dois dias...
[continua...]
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 7
O frio era de gelar os ossos. As dezenas de cartazes nas mãos indicavam que viriam boas horas pela frente, e o melhor a fazer era espalhá-los nos pontos onde mais chamassem a atenção. Então quase todo poste de quase toda esquina da cidade naquela noite tinha o cartaz da festa do dia seguinte colado. Ao longo do caminho muita conversa e risada pra espantar o frio. Até luva nas mãos era necessário. E as horas iam passando lentamente, ao contrário dos nossos passos rápidos e apertados. Madrugada adentro, por mais fria que fosse era mais uma das inesquecíveis...
E novamente já passava das 5 da manhã. Dia amanhecendo, hora mais fria! Ao término, as tradicionais caminhadas até o Q.G. mais decisões acertadas para o dia seguinte, o dia D.
Volta para o hotel congelando de frio e umidade... Acordar, só lá pra Dez.. Digo, 2 ou 3 da tarde!
Feito então, acordar, almoçar, ir para o Q.G. ajudar a opinar [leia-se 'dar palpite'] na playlist dos dj's e donos da festa... Então tudo quase pronto, levam os equipamentos pro local, cada um pra suas casas se arrumar, e eu para o hotel ver se as pilhas carregaram, escolher o casaco da noite e sair. Acho que escolhi uma blusa muito fina...
Passando pela porta, algumas pessoas bebendo antes de entrar, dou um pulo lá dentro pra ver como estão as coisas. Dali um pouco as músicas começam a tocar e todos entram. Música boa faz isso sozinha! Que comece então, a festa tão esperada!
A partir daí os tragos ajudam a entrar em transe e todos se animam, o local se torna quente, alguém me revela uma agradável surpresa... Tudo vai maravilhosamente bem.
E as horas passam, os dj's se alternam e mesmo com algumas pessoas mugrando no meio da madrugada, a chuva torrencial chega lá fora, trás todos novamente pra dentro e aquilo tudo se infla novamente. No meio de tudo os flashes registram tudo o que for possível e as pilhas que não carregaram deixarem. Pausas pra descansar, beber um gole, e recomeçar. Madrugada adentro...
Tão adentro que o dono do local quer fechar. Um desentendimento que quase acaba com a noite e muda os planos para as festas futuras. Talvez mudar seja bom, mesmo eu não estando mais aqui...
Na saída, um pouco de nervosismo, natural pelos acontecimentos. Devia estar uns 3 graus, mais a garoa fina, imaginem a sensação... No meu corpo uma camisa de gola e uma blusa tão fina quanto café mal feito! Isso porque o casaco eu tive que passar a outra pessoa, tremendo ao mesmo tempo de frio e de nervosa. E apesar de congelar novamente ali, estranhamente eu não tremia. Até hoje não sei dizer porque...
Mas, para fechar a noite, a devolução do casaco, e algumas palavras balbuciadas no calor da noite fria e da emoção... Talvez certas, talvez na hora errada. Só o tempo diria. E disse. Demorou, claro, mas este diário não existiria se aquelas palavras naquele momento fossem completamente nulas...
Volta pro hotel então. Agora sinto realmente que as horas passam rápido e que o fim da viagem está perto. Apenas mais uma noite e dois dias...
[continua...]
Marcadores:
Caminhadas,
Conclusões,
Diário,
Divagações,
frio de rachar,
Hotéis,
Música,
Opiniões,
Outono,
Pelotas,
Rio Grande do Sul,
Romance,
Sonhos,
Variedades,
Viagens
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Rumo ao sul
Antes, a madrugada que não acabou...
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 6
E continuavam todos andando rumo a avenida. Conversas, risadas, bebidas... Tudo ali era embriagante e dava vontade de ficar por ali por mais tempo. No caminho iam se juntando mais pessoas ao grupo, que logo tinha mais de 10 pessoas. Até, então, pararem todos estrategicamente ao lado de um boteco, ficando alguns sentados perto pra esquecer do frio, e outros em pé, conversando e bolando teorias para também esquecê-lo...
E as teorias sobre o mundo e as músicas Gessingerianas também faziam mais sentido que nunca. Tudo fazia. O frio é apenas um mero detalhe, tudo aqui está agradando...
Cerveja pra uns, canha pra outros... Isso é forte pra mim, socorro! Dou umas bicadas e já me sinto mais quente, mas não posso continuar... Risos por toda a parte...
Então um beijo com gosto de cigarro, canha e refri... Isso eu jamais esquecerei....
Vida a fora, noite a dentro, as horas vão passando, alguns mugrando, outros se animando ainda mais... O dia seguinte é dia de Formatura para uns, e divulgação da festa para outros... Mas ninguém pensa nisso agora, vamos deixar o dia amanhecer.
E de fato, amanhece... Então acompanhamos os que moram ali perto... E depois caminhada de volta ao hotel, já estou acostumado!
Mas no caminho temos que terminar essa canha... 6, 7 da manhã... Hoje nem vou pro café da manhã, é chegar no hotel e desabar na cama!
Feito isso, então, só acordo lá pra 1 da tarde... Mesma rotina de banho, arrumar, sair pra rua, almoçar... Depois uma passada na lan-house. [Sim, finalmente achei!]
Uma hora e meia depois, notícias dadas aos amigos de outras partes, volta ao hotel, telefonemas... Marcado então na casa dos amigos ali do lado. Hoje todos vão à tal formatura... Mas nós temos outros planos. Uma passada no 'Q.G.' para decidir e então vamos ao tal boteco em que todos se reúnem. Distribuir flyers, folhetos... Até eu vou entrar nessa, afinal estou aqui mesmo!
Mais tarde uma parada pra abastecer no Q.G. e então pé na rua até de manhã. Colar cartazes!
Cola caseira pronta, cartazes nas mãos... Bóra pra rua que a cidade tem muitas ruas a se percorrer. E essa noite seria mais uma das memoráveis...
[continua...]
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 6
E continuavam todos andando rumo a avenida. Conversas, risadas, bebidas... Tudo ali era embriagante e dava vontade de ficar por ali por mais tempo. No caminho iam se juntando mais pessoas ao grupo, que logo tinha mais de 10 pessoas. Até, então, pararem todos estrategicamente ao lado de um boteco, ficando alguns sentados perto pra esquecer do frio, e outros em pé, conversando e bolando teorias para também esquecê-lo...
E as teorias sobre o mundo e as músicas Gessingerianas também faziam mais sentido que nunca. Tudo fazia. O frio é apenas um mero detalhe, tudo aqui está agradando...
Cerveja pra uns, canha pra outros... Isso é forte pra mim, socorro! Dou umas bicadas e já me sinto mais quente, mas não posso continuar... Risos por toda a parte...
Então um beijo com gosto de cigarro, canha e refri... Isso eu jamais esquecerei....
Vida a fora, noite a dentro, as horas vão passando, alguns mugrando, outros se animando ainda mais... O dia seguinte é dia de Formatura para uns, e divulgação da festa para outros... Mas ninguém pensa nisso agora, vamos deixar o dia amanhecer.
E de fato, amanhece... Então acompanhamos os que moram ali perto... E depois caminhada de volta ao hotel, já estou acostumado!
Mas no caminho temos que terminar essa canha... 6, 7 da manhã... Hoje nem vou pro café da manhã, é chegar no hotel e desabar na cama!
Feito isso, então, só acordo lá pra 1 da tarde... Mesma rotina de banho, arrumar, sair pra rua, almoçar... Depois uma passada na lan-house. [Sim, finalmente achei!]
Uma hora e meia depois, notícias dadas aos amigos de outras partes, volta ao hotel, telefonemas... Marcado então na casa dos amigos ali do lado. Hoje todos vão à tal formatura... Mas nós temos outros planos. Uma passada no 'Q.G.' para decidir e então vamos ao tal boteco em que todos se reúnem. Distribuir flyers, folhetos... Até eu vou entrar nessa, afinal estou aqui mesmo!
Mais tarde uma parada pra abastecer no Q.G. e então pé na rua até de manhã. Colar cartazes!
Cola caseira pronta, cartazes nas mãos... Bóra pra rua que a cidade tem muitas ruas a se percorrer. E essa noite seria mais uma das memoráveis...
[continua...]
Marcadores:
Caminhadas,
Diário,
Divagações,
Hotéis,
Opiniões,
Outono,
Pelotas,
Rio Grande do Sul,
Romance,
Surrealidade,
Variedades,
Viagens
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Rumo ao sul
Na última parte, a hora do jogo...
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 5
Muita tensão e pouco futebol. Pelo menos a companhia era agradável. Se não valeu pelo jogo, valeu pela bagunça... E depois, mais alguns momentos tranqüilos, mp3 player compartilhado a dois até quase cochilar no sofá...
Depois, então, mais caminhadas até a casa de outros amigos. Parando pra ver tv, falar besteiras e comer mais um pouco... Haverá uma festa essa semana, então há várias reuniões pra definir as músicas e como será feita a propaganda.
Então sentam-se todos numa cama, outros na poltrona... A distração é Guitar Hero, viciante! Aquelas músicas já grudaram na cabeça, ajudando a formar a trilha sonora da viagem...
A despedida hoje é um pouco mais tarde. Amanhã é véspera de feriado, dia que todos ficam na rua... Até a manhã seguinte. Então uma caminhada tranqüila de volta ao hotel, e os planos pra longa noite de amanhã...
Dia seguinte, o sol da tarde ajuda no frio, mas as conseqüências daquele chuveiro frio e da umidade desse lugar já fizeram efeito... Gripe. Nem a rinite, nem a sinusite. É gripe mesmo, das fortes... Lenço no bolso e vamos pra rua então!
Mais uma reunião e fica decidido como serão os cartazes e flyers da festa. Divulgação só amanhã, porque hoje é dia de todos irem aos botecos beber e falar besteira. Já não era sem tempo!
A noite então, se encontram na casa de alguém e vão todos juntos. O lugar é famoso, há tanta gente que a maioria prefere ficar do lado de fora mesmo, em pé, encostados nos muros ou sentados nas altas calçadas. Conversando, me divertindo, e por que não, tomando uns tragos também!
Conhecendo mais gente, vendo quem eu não via desde a chegada, o frio já nem importa tanto assim! Vou lá dentro pegar mais cerveja pra todos então... Mas a cerveja acabou?.. 'Vamos comprar no bar ali do lado então', dizem os que estão habituados com o lugar... Eu concordo, compramos mais bebidas e continuamos as conversas. Mas, na falta do líquido dourado, o boteco fecha cedo... Que fazer?.. 'Bom, vamos dar umas bandas até a avenida', sugere alguém ali... Então vamos todos, um grupo de jovens 'pensando bobagens, bebendo besteiras', mas nem tão bobagens assim! Ali, talvez a experiência mais rica de intercâmbio com o pessoal de lá: enquanto seguem todos andando, bebendo [e alguns fumando] pra espantar o frio, discussões sobre a sociedade em geral, músicas, comportamento... E em especial o nosso ídolo em comum, Humberto Gessinger, que profetiza suas palavras na forma de músicas, e nós o seguimos, olhando o mundo de forma diferente do resto... Aquela noite pode ter acabado, mas aquele momento foi eterno. A leveza de se sentir em casa em ruas tão geladas, mas cheias de calor e companhias agradáveis. Tudo isso dava um gosto de 'quero mais' no meio da viagem, e ao mesmo tempo uma impressão do que seria deixar tudo isso pra trás...
[continua...]
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 5
Muita tensão e pouco futebol. Pelo menos a companhia era agradável. Se não valeu pelo jogo, valeu pela bagunça... E depois, mais alguns momentos tranqüilos, mp3 player compartilhado a dois até quase cochilar no sofá...
Depois, então, mais caminhadas até a casa de outros amigos. Parando pra ver tv, falar besteiras e comer mais um pouco... Haverá uma festa essa semana, então há várias reuniões pra definir as músicas e como será feita a propaganda.
Então sentam-se todos numa cama, outros na poltrona... A distração é Guitar Hero, viciante! Aquelas músicas já grudaram na cabeça, ajudando a formar a trilha sonora da viagem...
A despedida hoje é um pouco mais tarde. Amanhã é véspera de feriado, dia que todos ficam na rua... Até a manhã seguinte. Então uma caminhada tranqüila de volta ao hotel, e os planos pra longa noite de amanhã...
Dia seguinte, o sol da tarde ajuda no frio, mas as conseqüências daquele chuveiro frio e da umidade desse lugar já fizeram efeito... Gripe. Nem a rinite, nem a sinusite. É gripe mesmo, das fortes... Lenço no bolso e vamos pra rua então!
Mais uma reunião e fica decidido como serão os cartazes e flyers da festa. Divulgação só amanhã, porque hoje é dia de todos irem aos botecos beber e falar besteira. Já não era sem tempo!
A noite então, se encontram na casa de alguém e vão todos juntos. O lugar é famoso, há tanta gente que a maioria prefere ficar do lado de fora mesmo, em pé, encostados nos muros ou sentados nas altas calçadas. Conversando, me divertindo, e por que não, tomando uns tragos também!
Conhecendo mais gente, vendo quem eu não via desde a chegada, o frio já nem importa tanto assim! Vou lá dentro pegar mais cerveja pra todos então... Mas a cerveja acabou?.. 'Vamos comprar no bar ali do lado então', dizem os que estão habituados com o lugar... Eu concordo, compramos mais bebidas e continuamos as conversas. Mas, na falta do líquido dourado, o boteco fecha cedo... Que fazer?.. 'Bom, vamos dar umas bandas até a avenida', sugere alguém ali... Então vamos todos, um grupo de jovens 'pensando bobagens, bebendo besteiras', mas nem tão bobagens assim! Ali, talvez a experiência mais rica de intercâmbio com o pessoal de lá: enquanto seguem todos andando, bebendo [e alguns fumando] pra espantar o frio, discussões sobre a sociedade em geral, músicas, comportamento... E em especial o nosso ídolo em comum, Humberto Gessinger, que profetiza suas palavras na forma de músicas, e nós o seguimos, olhando o mundo de forma diferente do resto... Aquela noite pode ter acabado, mas aquele momento foi eterno. A leveza de se sentir em casa em ruas tão geladas, mas cheias de calor e companhias agradáveis. Tudo isso dava um gosto de 'quero mais' no meio da viagem, e ao mesmo tempo uma impressão do que seria deixar tudo isso pra trás...
[continua...]
Marcadores:
atualidades,
Caminhadas,
Conclusões,
Copa do Mundo,
Cotidiano,
Cultura útil,
Diário,
Discussões,
Divagações,
Hotéis,
Opiniões,
Outono,
Pelotas,
Rio Grande do Sul,
Surrealidade,
Turismo,
Variedades,
Viagens
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Rumo ao sul
Antes, um pequeno cochilo no hotel nas primeiras horas da manhã do dia 12/06...
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 4
Acordo com o telefone tocando. Alguém esperando na recepção. Presentes na mochila, desço, encontro... E saímos rumo à praça, ali pertinho. Lá chegando, sentamos num banco, olhamos ao redor... E logo chegam mais pessoas a conhecer. E o número aumenta... E logo várias pessoas estão ali reunidas, conversando, rindo e me apresentando as características daquele sotaque e as gírias que eu viria a gostar muito.
A tarde vai passando, a noite se aproximando, e com ela, mais frio. Já estou me acostumando, casacos servem pra isso!
A essa hora um café cai bem... Então até a cafeteria mais próxima... E lá, oras, mais amigos!
Não sei se pela viagem, pela companhia, pelo frio ou por tudo aquilo, mas o café era realmente delicioso ali, olhando a vida noturna passar... Acabando, uma caminhada até a casa dela. Conhecer os pais... Que frio na barriga...
Casa bonita, aconchegante, até quente... Vou tirar o casaco. Convidado pra jantar, já me sinto mais à vontade. Depois, sentados no sofá, conversas, noticiário na tv... Estou me sentindo em casa, mesmo tão longe de casa... Gostei daqui...
Ali mesmo, então, os presentes... Agradecimentos... E o convite pra almoçar no dia seguinte. Tudo perfeito... Assim posso dormir tranqüilo, ainda que pra mim seja difícil dormir...
E então, caminhada até o hotel, já estou dominando essas ruas... Muito bom conhecer os hábitos de todos, observando como um anônimo, ainda que turista... Já sei andar por essas ruas, me perder não me perco mais!
Então, mais uma noite assim... Leio algo, que perde rapidamente o interesse. Verifico as pilhas, tudo certo... Então, hora do banho. Ah, o chuveiro, esqueci!.. Vai ter que ser no frio, de novo!
Tremendo, busco novamente as roupas e os cobertores, até adormecer...
De madrugada o barulho da chuva é companheiro. De manhã, acordar cedo de novo, café da manhã, chave na recepção... Ah sim, o chuveiro está um pouco frio, podem ver pra mim?.. Obrigado!
Passear um pouco, conhecer mais, já que ainda é cedo!
Arriscar mais então, procurar ruas que não conheci... O Mercado dali, procurar uma lan-house e uma padaria para os almoços dos dias seguintes... Achei quase tudo, menos a lan... Bom, eu pergunto depois. Melhor voltar pro hotel, frio úmido vai me atacar a sinusite já já...
Sala de espera então... Hoje o Brasil estréia... Vou sair com a camisa da seleção pra ver se me olham estranho hahah :P
Subo pro quarto, o telefonema... Espera, cochilo... Acordo com o telefone. Hora de ir pra lá.
De camisa do Brasil, o sol colaborando hoje... Vou até tirar a jaqueta. No caminho, pessoas se organizando assim como eu... Parece que não são tão separatistas como se ouve falar. No caminho, algum desconhecido me cumprimenta e comenta positivamente sobre a camisa... O pessoal daqui é simpático...
Quase chegando lá, lembrei. Preciso levar flores! Que sorte a minha, tem uma floricultura na minha frente...
Então uma dúzia de rosas. Tradicionais e belas. Chegando, almoço, conversa com todos por ali, o sol dando um calor gostoso... E eu cara a cara com os famosos doces portugueses. Minha nossa, são maravilhosos... Ainda bem que não sou mais uma formiga, mas minha mãe ia adorar isso!
Chegada a hora de ir na casa de amigos ver o jogo. Um 'até breve' e uma pequena caminhada ao lado da minha guia naquela semana... Lá chegando, pipoca, refrigerante e aquelas tranqueiras que não podem faltar nessas reuniões... Vamos ao jogo, então!
[continua...]
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 4
Acordo com o telefone tocando. Alguém esperando na recepção. Presentes na mochila, desço, encontro... E saímos rumo à praça, ali pertinho. Lá chegando, sentamos num banco, olhamos ao redor... E logo chegam mais pessoas a conhecer. E o número aumenta... E logo várias pessoas estão ali reunidas, conversando, rindo e me apresentando as características daquele sotaque e as gírias que eu viria a gostar muito.
A tarde vai passando, a noite se aproximando, e com ela, mais frio. Já estou me acostumando, casacos servem pra isso!
A essa hora um café cai bem... Então até a cafeteria mais próxima... E lá, oras, mais amigos!
Não sei se pela viagem, pela companhia, pelo frio ou por tudo aquilo, mas o café era realmente delicioso ali, olhando a vida noturna passar... Acabando, uma caminhada até a casa dela. Conhecer os pais... Que frio na barriga...
Casa bonita, aconchegante, até quente... Vou tirar o casaco. Convidado pra jantar, já me sinto mais à vontade. Depois, sentados no sofá, conversas, noticiário na tv... Estou me sentindo em casa, mesmo tão longe de casa... Gostei daqui...
Ali mesmo, então, os presentes... Agradecimentos... E o convite pra almoçar no dia seguinte. Tudo perfeito... Assim posso dormir tranqüilo, ainda que pra mim seja difícil dormir...
E então, caminhada até o hotel, já estou dominando essas ruas... Muito bom conhecer os hábitos de todos, observando como um anônimo, ainda que turista... Já sei andar por essas ruas, me perder não me perco mais!
Então, mais uma noite assim... Leio algo, que perde rapidamente o interesse. Verifico as pilhas, tudo certo... Então, hora do banho. Ah, o chuveiro, esqueci!.. Vai ter que ser no frio, de novo!
Tremendo, busco novamente as roupas e os cobertores, até adormecer...
De madrugada o barulho da chuva é companheiro. De manhã, acordar cedo de novo, café da manhã, chave na recepção... Ah sim, o chuveiro está um pouco frio, podem ver pra mim?.. Obrigado!
Passear um pouco, conhecer mais, já que ainda é cedo!
Arriscar mais então, procurar ruas que não conheci... O Mercado dali, procurar uma lan-house e uma padaria para os almoços dos dias seguintes... Achei quase tudo, menos a lan... Bom, eu pergunto depois. Melhor voltar pro hotel, frio úmido vai me atacar a sinusite já já...
Sala de espera então... Hoje o Brasil estréia... Vou sair com a camisa da seleção pra ver se me olham estranho hahah :P
Subo pro quarto, o telefonema... Espera, cochilo... Acordo com o telefone. Hora de ir pra lá.
De camisa do Brasil, o sol colaborando hoje... Vou até tirar a jaqueta. No caminho, pessoas se organizando assim como eu... Parece que não são tão separatistas como se ouve falar. No caminho, algum desconhecido me cumprimenta e comenta positivamente sobre a camisa... O pessoal daqui é simpático...
Quase chegando lá, lembrei. Preciso levar flores! Que sorte a minha, tem uma floricultura na minha frente...
Então uma dúzia de rosas. Tradicionais e belas. Chegando, almoço, conversa com todos por ali, o sol dando um calor gostoso... E eu cara a cara com os famosos doces portugueses. Minha nossa, são maravilhosos... Ainda bem que não sou mais uma formiga, mas minha mãe ia adorar isso!
Chegada a hora de ir na casa de amigos ver o jogo. Um 'até breve' e uma pequena caminhada ao lado da minha guia naquela semana... Lá chegando, pipoca, refrigerante e aquelas tranqueiras que não podem faltar nessas reuniões... Vamos ao jogo, então!
[continua...]
Marcadores:
Caminhadas,
Copa do Mundo,
Cotidiano,
Dia dos namorados,
Diário,
Divagações,
Flores,
Hotéis,
internet,
Opiniões,
Outono,
Pelotas,
Rio Grande do Sul,
Romance,
Turismo,
Variedades,
Viagens
domingo, 10 de junho de 2007
Rumo ao sul
No relato anterior, o primeiro dia e o começo da noite...
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 3
Aquela primeira noite realmente fora agradável. Ainda todos se conhecendo, ainda pouco tempo juntos. Tínhamos que nos separar um tanto cedo. Chegando ao hotel cerca de 22 horas, pude enfim abrir a mala, organizar o quarto que seria meu por aquela semana toda. Após tudo isso, uma tentativa de banho.
Tentativa, pois o chuveiro parecia ser o vilão da história. Naquele frio polar [isso pra um paulistano acostumado com o frio], a água era 'semi-fria', nem morna nem gelada, mas caía no corpo como cubos de gelo!
Depois da tentativa mal-sucedida, mas cumprida, me sequei e busquei o máximo de roupas possíveis para esquentar. Havia levado algumas coisas pra ler, e agora as pilhas já estavam carregando na tomada, mas o cansaço da viagem de cerca de 7 horas e vai-pra-lá-vem-pra-cá não me deixou pensar no assunto. Porém ainda era muito cedo pra dormir, quando se estava acostumado com as 3, 4, 5 da manhã...
A solução era a tv, um filme conhecido passando, mas sem muita paciência para ele. Meu pensamento estava em outros cantos, nas ruas, na ansiedade de conhecer tudo. Ali a música 'Quarto de Hotel' realmente fazia sentido...
O sono veio lá pelas 23 horas, algo que não acontecia desde muito tempo mesmo. Até na época de correria esse era o horário exato de chegar em casa. Um cochilo, acordo, desligo a tv, durmo de vez.
Com o dia quase clareando os olhos se abrem. Reconhecendo que aquele não era o quarto dos últimos meses, procuro um relógio. É, nessas horas que um relógio faz falta, droga! Não havia sequer um despertador no quarto, e eu, avesso a celulares, nem pensei que o aparelho faria falta...
Ligo a tv procurando um canal que traga algo, um jornal matutino, o canal do tempo... Até enfim resolverem colaborar comigo vejo que não passava das 6... Muito cedo, o café é só depois das 7. Bom, levante, tome um banho, se arrume e etc.
O banho, novamente frio, era um desafio. Nota mental: pedir pra darem uma olhada nele...
Feito isso restou esperar o horário. Subo, tomo bastante café, suco, etc... E estou pronto. Mas perai, são só 7:30 da manhã. E agora?
Bom, vou dar uma volta... Se eu seguir uma linha reta não vou me perder... E qualquer coisa já gravei o nome da rua do hotel, sempre consegue-se algo perguntando... Então vamos.
Chave na recepção, pé na rua, frio. Puta que pariu. Fecho o casaco, vamos lá, andar faz bem...
Primeiro uma linha reta. Calçadas diferentes... Rua bem larga, de paralelepípedo, calçadas altas demais para os padrões paulistanos... Interessante. Mais pra frente uma Igreja em estilo gótico [sei lá eu, to chutando, mas que é interessante, é] e comércio como os 'centrinhos' que existem por aqui. Mais pra frente, mais pessoas saindo nas ruas. Lembrei, hoje é segunda... Estão indo trabalhar, e eu com essa cara de turista... Oras, também trabalhei um bom tempo pra poder fazer turismo! Bola pra frente então...
Já andei bastante, que avenidas simétricas... Algo assim eu só vi no lado ímpar da Av. Paulista. Quarteirões perfeitamente do mesmo tamanho, 'quadras' que são realmente quadras. Se é assim, vou virar a esquerda nessa rua aqui, já que é fácil de voltar mesmo...
Outra avenida larga, que coisa... Isso em São Paulo daria umas 3 ruas com estacionamento permitido em apenas um dos lados, com direito a Zona Azul...
Bom, além disso que mais posso reparar?... Hum, arquitetura diferente... Me lembra Itú, por que será?...
Já sei, estilo colonial! Casas de desenho arquitetônico antigo, como os poucos que ainda restam no centro de São Paulo, perto do Mercado da Cantareira... Gostei!
Bom, continue a andar em linha reta... Vou virar aqui, já que é tudo quadrado é só eu pegar a esquerda depois e chegarei na rua do hotel. Uma passada na farmácia, e estou em um calçadão. Já tem bastante gente nas ruas... Termômetro marcando... 5 graus! E eu aqui tirando minha jaqueta por causa dessa alergia ao suor... com tudo isso e tomando banho frio eu vou pegar uma gripe bem logo...
Bom, já andei bastante... Hora de voltar, ta cedo pra ligar ainda, 9 e pouco... Vou só voltar e ver o que faço.
Chegando... Quarto em arrumação, tv na sala de espera, subo, telefono... Ainda é cedo, está dormindo... Tenho que esperar. Vou deitar um pouco então...
Data: 12/06/2006.
[continua...]
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 3
Aquela primeira noite realmente fora agradável. Ainda todos se conhecendo, ainda pouco tempo juntos. Tínhamos que nos separar um tanto cedo. Chegando ao hotel cerca de 22 horas, pude enfim abrir a mala, organizar o quarto que seria meu por aquela semana toda. Após tudo isso, uma tentativa de banho.
Tentativa, pois o chuveiro parecia ser o vilão da história. Naquele frio polar [isso pra um paulistano acostumado com o frio], a água era 'semi-fria', nem morna nem gelada, mas caía no corpo como cubos de gelo!
Depois da tentativa mal-sucedida, mas cumprida, me sequei e busquei o máximo de roupas possíveis para esquentar. Havia levado algumas coisas pra ler, e agora as pilhas já estavam carregando na tomada, mas o cansaço da viagem de cerca de 7 horas e vai-pra-lá-vem-pra-cá não me deixou pensar no assunto. Porém ainda era muito cedo pra dormir, quando se estava acostumado com as 3, 4, 5 da manhã...
A solução era a tv, um filme conhecido passando, mas sem muita paciência para ele. Meu pensamento estava em outros cantos, nas ruas, na ansiedade de conhecer tudo. Ali a música 'Quarto de Hotel' realmente fazia sentido...
O sono veio lá pelas 23 horas, algo que não acontecia desde muito tempo mesmo. Até na época de correria esse era o horário exato de chegar em casa. Um cochilo, acordo, desligo a tv, durmo de vez.
Com o dia quase clareando os olhos se abrem. Reconhecendo que aquele não era o quarto dos últimos meses, procuro um relógio. É, nessas horas que um relógio faz falta, droga! Não havia sequer um despertador no quarto, e eu, avesso a celulares, nem pensei que o aparelho faria falta...
Ligo a tv procurando um canal que traga algo, um jornal matutino, o canal do tempo... Até enfim resolverem colaborar comigo vejo que não passava das 6... Muito cedo, o café é só depois das 7. Bom, levante, tome um banho, se arrume e etc.
O banho, novamente frio, era um desafio. Nota mental: pedir pra darem uma olhada nele...
Feito isso restou esperar o horário. Subo, tomo bastante café, suco, etc... E estou pronto. Mas perai, são só 7:30 da manhã. E agora?
Bom, vou dar uma volta... Se eu seguir uma linha reta não vou me perder... E qualquer coisa já gravei o nome da rua do hotel, sempre consegue-se algo perguntando... Então vamos.
Chave na recepção, pé na rua, frio. Puta que pariu. Fecho o casaco, vamos lá, andar faz bem...
Primeiro uma linha reta. Calçadas diferentes... Rua bem larga, de paralelepípedo, calçadas altas demais para os padrões paulistanos... Interessante. Mais pra frente uma Igreja em estilo gótico [sei lá eu, to chutando, mas que é interessante, é] e comércio como os 'centrinhos' que existem por aqui. Mais pra frente, mais pessoas saindo nas ruas. Lembrei, hoje é segunda... Estão indo trabalhar, e eu com essa cara de turista... Oras, também trabalhei um bom tempo pra poder fazer turismo! Bola pra frente então...
Já andei bastante, que avenidas simétricas... Algo assim eu só vi no lado ímpar da Av. Paulista. Quarteirões perfeitamente do mesmo tamanho, 'quadras' que são realmente quadras. Se é assim, vou virar a esquerda nessa rua aqui, já que é fácil de voltar mesmo...
Outra avenida larga, que coisa... Isso em São Paulo daria umas 3 ruas com estacionamento permitido em apenas um dos lados, com direito a Zona Azul...
Bom, além disso que mais posso reparar?... Hum, arquitetura diferente... Me lembra Itú, por que será?...
Já sei, estilo colonial! Casas de desenho arquitetônico antigo, como os poucos que ainda restam no centro de São Paulo, perto do Mercado da Cantareira... Gostei!
Bom, continue a andar em linha reta... Vou virar aqui, já que é tudo quadrado é só eu pegar a esquerda depois e chegarei na rua do hotel. Uma passada na farmácia, e estou em um calçadão. Já tem bastante gente nas ruas... Termômetro marcando... 5 graus! E eu aqui tirando minha jaqueta por causa dessa alergia ao suor... com tudo isso e tomando banho frio eu vou pegar uma gripe bem logo...
Bom, já andei bastante... Hora de voltar, ta cedo pra ligar ainda, 9 e pouco... Vou só voltar e ver o que faço.
Chegando... Quarto em arrumação, tv na sala de espera, subo, telefono... Ainda é cedo, está dormindo... Tenho que esperar. Vou deitar um pouco então...
Data: 12/06/2006.
[continua...]
Marcadores:
Arquitetura,
Cotidiano,
Diário,
Divagações,
Hotéis,
Opiniões,
Outono,
Pelotas,
Rio Grande do Sul,
Romance,
Turismo,
Viagens
sexta-feira, 8 de junho de 2007
Textos antigos: "Cidade Grande p.m."
Eis a segunda parte... Se completam...
-
Cidade Grande p.m.
Não é o cansaço pós-almoço
É a tarde lenta, é o dia lento
Não é o sol descendo
Por trás dos prédios no fim da tarde
Não é voltar pra casa
E encontrar o silêncio
É a casa ficando escura
Um cd tocando solitário
A vontade de sair um pouco
Não é sair com alguns trocados no bolso
Até o bar da esquina mais próximo
É o gole de cerveja
Cada vez mais amargo sem o seu riso
É você não comentar
Do meu corte de cabelo a noite
As paredes não ecoando
Nossa conversa, cada um em um cômodo
É a gente não fazendo planos
De viagens, do casamento, dos filhos, do futuro
É a gente não se abraçar
Namorar por horas que são escassas demais
É a gente não olhar o outro
E não precisar dizer nada
Não irmos dormir juntos
Quando chegar a meia-noite
É a falta de você
T. 19/10/2004
-
Cidade Grande p.m.
Não é o cansaço pós-almoço
É a tarde lenta, é o dia lento
Não é o sol descendo
Por trás dos prédios no fim da tarde
Não é voltar pra casa
E encontrar o silêncio
É a casa ficando escura
Um cd tocando solitário
A vontade de sair um pouco
Não é sair com alguns trocados no bolso
Até o bar da esquina mais próximo
É o gole de cerveja
Cada vez mais amargo sem o seu riso
É você não comentar
Do meu corte de cabelo a noite
As paredes não ecoando
Nossa conversa, cada um em um cômodo
É a gente não fazendo planos
De viagens, do casamento, dos filhos, do futuro
É a gente não se abraçar
Namorar por horas que são escassas demais
É a gente não olhar o outro
E não precisar dizer nada
Não irmos dormir juntos
Quando chegar a meia-noite
É a falta de você
T. 19/10/2004
Marcadores:
atualidades,
Cidade Grande,
Conclusões,
Cotidiano,
Diário,
Divagações,
Fantasmas,
Poesia,
Prosa,
Romance,
Sampa,
Sonhos,
Surrealidade,
Variedades
Textos antigos: "Cidade Grande a.m."
Estes são meus 'bebês', os dois dos quais mais me orgulho de ter escrito...
E surgiram prontos, só transcrevi pro papel, sem computador, sem sono, sem muita coisa pra fazer na época...
Espero que gostem!
-
Cidade Grande a.m.
Não é dia ainda
Tampouco é noite
Os pássaros vêm à janela
Para nos acordar
A cidade no seu movimento contínuo
Começa a se encher novamente
Um café forte, uma chuva fina
O céu escuro e cinzento
Numa manhã de Primavera que conserva
A tristeza do Inverno
Não fosse pelas árvores verdes
E flores que voltam a aparecer
Não é a casa vazia
É uma pessoa solitária
Olhando pelo vidro embaçado
O amanhecer frenético do mundo
Um mal necessário
É uma foto tirada
Com um fundo em movimento
Sem opção, apenas uma pessoa
É o meu lugar vazio, quase sem vida
Hora de cuidar das plantas, depois sair
Não é seu travesseiro intacto
No seu lado da cama
É a sua falta à esse lugar
A incerteza de que irá voltar
Não é a tv falando sozinha
É a poltrona sem vestígios de ser usada
Não é o ar poluído, não é o barulho
Entrando pelas janelas
É a sua voz que não se ouve mais
Por aqui, ultimamente
Não é a pressa de sairmos
Juntos, para ganhar o dia
É a lentidão com que tudo funciona
Não é a longa madrugada
É olhar para o teto e falar sozinho
Não é depressão
É só a tristeza de você não estar aqui
Não é o ritmo lento da manhã
É o pensamento em uma só coisa
Pessoa, tempo e lugar
T. 19/10/2004
E surgiram prontos, só transcrevi pro papel, sem computador, sem sono, sem muita coisa pra fazer na época...
Espero que gostem!
-
Cidade Grande a.m.
Não é dia ainda
Tampouco é noite
Os pássaros vêm à janela
Para nos acordar
A cidade no seu movimento contínuo
Começa a se encher novamente
Um café forte, uma chuva fina
O céu escuro e cinzento
Numa manhã de Primavera que conserva
A tristeza do Inverno
Não fosse pelas árvores verdes
E flores que voltam a aparecer
Não é a casa vazia
É uma pessoa solitária
Olhando pelo vidro embaçado
O amanhecer frenético do mundo
Um mal necessário
É uma foto tirada
Com um fundo em movimento
Sem opção, apenas uma pessoa
É o meu lugar vazio, quase sem vida
Hora de cuidar das plantas, depois sair
Não é seu travesseiro intacto
No seu lado da cama
É a sua falta à esse lugar
A incerteza de que irá voltar
Não é a tv falando sozinha
É a poltrona sem vestígios de ser usada
Não é o ar poluído, não é o barulho
Entrando pelas janelas
É a sua voz que não se ouve mais
Por aqui, ultimamente
Não é a pressa de sairmos
Juntos, para ganhar o dia
É a lentidão com que tudo funciona
Não é a longa madrugada
É olhar para o teto e falar sozinho
Não é depressão
É só a tristeza de você não estar aqui
Não é o ritmo lento da manhã
É o pensamento em uma só coisa
Pessoa, tempo e lugar
T. 19/10/2004
Marcadores:
atualidades,
Cidade Grande,
Conclusões,
Cotidiano,
Diário,
Divagações,
Fantasmas,
Poesia,
Prosa,
Romance,
Sampa,
Sonhos,
Surrealidade,
Variedades
quinta-feira, 7 de junho de 2007
Rumo ao sul
na primeira etapa da viagem, vosso narrador contou como foram os preparativos, a noite antes da viagem e a primeira etapa dela, até cair no sono já na manhã seguinte...
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 2
O sol batia caloroso através da janela do ônibus. A janela entreaberta deixava passar apenas o vento suficiente para não causar estardalhaço. O cochilo valia pela noite mal dormida, e o sol pelos dias cinzentos de outrora. A viagem de mais ou menos 3 horas até que passara rápido. Logo se aproximava a entra da cidade, a feira de doces, a rodoviária. Bem-vindo a Pelotas. A mesma cidade famosa por outras questões, e eu estava ali, curiosamente...
O ônibus estacionava, e eu arrumava minhas coisas para levantar, procurando do lado de fora por alguém que do lado de fora procurava por mim, lá dentro. E os olhares se cruzaram rapidamente. A ânsia de descer de lá era algo interminável. Chegada a minha vez no ônibus semi-vazio, a primeira coisa a fazer foi o abraço, tão sonhado! Ao lado uma amiga, devidamente apresentados. Recolhi a mala, esperamos mais um amigo chegar, procuramos o caixa eletrônico novamente, pegamos todos o táxi rumo ao hotel.
A cidade que se apresentava me parecia confortável e tranqüila, ótimo. As ruas de paralelepípedos, largas, eram muito diferentes das paulistanas.
Chegando ao hotel, o rápido check-in, sobem todos para o quarto e eu organizo por lá minhas coisas. Não poderia faltar, claro, a ligação para os pais. Feito isso, estava pronto! E fomos todos à casa dos amigos que ficava ali do lado. O programa era a Copa do Mundo, fervendo!
Uma pequena bagunça naquele quarto pequeno e colorido, de paredes com assinaturas de amigos. Claro, deixei a minha lá também.
As mãos dadas, o computador ligado, as músicas se alternando com as risadas, o jogo ali era a última coisa que importava!
Eram novos e bons amigos, e tudo ali era muito agradável...
Acabado o jogo, a noite se aproximava, mas a diversão não mesmo. Outra casa de outra amiga, um belo jantar, pizza até todos se entupirem, o computador ligado em outro cômodo com outras vozes, e finalmente o repouso no sofá. As mãos mais próximas, os corpos mais quentes, as bocas mais perto... E veio o primeiro de muitos durante aquela semana...
[continua...]
-
[diário de viagem de um louco]...
parte 2
O sol batia caloroso através da janela do ônibus. A janela entreaberta deixava passar apenas o vento suficiente para não causar estardalhaço. O cochilo valia pela noite mal dormida, e o sol pelos dias cinzentos de outrora. A viagem de mais ou menos 3 horas até que passara rápido. Logo se aproximava a entra da cidade, a feira de doces, a rodoviária. Bem-vindo a Pelotas. A mesma cidade famosa por outras questões, e eu estava ali, curiosamente...
O ônibus estacionava, e eu arrumava minhas coisas para levantar, procurando do lado de fora por alguém que do lado de fora procurava por mim, lá dentro. E os olhares se cruzaram rapidamente. A ânsia de descer de lá era algo interminável. Chegada a minha vez no ônibus semi-vazio, a primeira coisa a fazer foi o abraço, tão sonhado! Ao lado uma amiga, devidamente apresentados. Recolhi a mala, esperamos mais um amigo chegar, procuramos o caixa eletrônico novamente, pegamos todos o táxi rumo ao hotel.
A cidade que se apresentava me parecia confortável e tranqüila, ótimo. As ruas de paralelepípedos, largas, eram muito diferentes das paulistanas.
Chegando ao hotel, o rápido check-in, sobem todos para o quarto e eu organizo por lá minhas coisas. Não poderia faltar, claro, a ligação para os pais. Feito isso, estava pronto! E fomos todos à casa dos amigos que ficava ali do lado. O programa era a Copa do Mundo, fervendo!
Uma pequena bagunça naquele quarto pequeno e colorido, de paredes com assinaturas de amigos. Claro, deixei a minha lá também.
As mãos dadas, o computador ligado, as músicas se alternando com as risadas, o jogo ali era a última coisa que importava!
Eram novos e bons amigos, e tudo ali era muito agradável...
Acabado o jogo, a noite se aproximava, mas a diversão não mesmo. Outra casa de outra amiga, um belo jantar, pizza até todos se entupirem, o computador ligado em outro cômodo com outras vozes, e finalmente o repouso no sofá. As mãos mais próximas, os corpos mais quentes, as bocas mais perto... E veio o primeiro de muitos durante aquela semana...
[continua...]
Marcadores:
Conclusões,
Copa do Mundo,
Diário,
Divagações,
Hotéis,
Outono,
Pelotas,
Rio Grande do Sul,
Romance,
Variedades,
Viagens
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Eu não vim até aqui pra desistir agora...
Se eu esperasse mais uma semana cairia, simbolicamente, na mesma data de 1 ano atrás. Mas é melhor aproveitar a idéia antes que ela fuja, então...
[Cabe lembrar que o fato motivador de escrever o diário é a música Quarto de Hotel, que muito se assemelha ao que tenho pra contar...]
Rumo ao sul
[diário de viagem de um louco]...
parte 1
Relatar os motivos [ou 'o' motivo] da viagem seria um tanto pessoal, e por ora, desnecessário. Pode-se dizer que eu fiz o que muitos não fariam, me arrisquei, entrei de sola, fui com a cara e a coragem... Hoje restariam ainda muitas dúvidas de várias pessoas sobre o ocorrido, mas se arriscar, saindo bem ou não, é algo que só se faz se tiver coragem o suficiente. E não guardo hoje mágoa alguma, muito pelo contrário. As experiências foram tantas e tão boas, que acho justo descrevê-las...
Os preparativos requisitaram tempo e preparo, pra não dizer o óbvio, financiamento...
Mas nada parecia importar, afinal, a viagem e outras coisas seduziam mais que qualquer esforço pudesse aplacar.
Chegado o dia, noite mal-dormida, primeiro aeroporto, primeiro avião, ansiedade. Os elementos básicos da pirâmide de Maslow ficavam para depois, o que importava era chegar!
Pouco tempo, é verdade, no céu. Mas o suficiente para estontear. Decolagem, Guarulhos: luzes, mais luzes, agrupamentos de milhares delas, ficando menores, avião subindo, uma curva pra esquerda, tchau São Paulo.
Sem sono, pouco mais de uma hora, avião descendo, dia amanhecendo, o Guaíba pela janela parecia de fato, lindo, trem de pouso na pista, bem-vindos a Porto Alegre.
Alegre... Era algo que de fato, resumia tudo. Recolher as malas, pegar um táxi, sacar dinheiro, pagar o táxi, comprar passagem de ônibus, telefonar, esperar... Pronto... Mais um pouco e enfim poderia encostar e relaxar...
Embarcando, poltrona reclinável, maravilha. Mp3 player ligado... Ih, a pilha! Babaca, esqueceu de recarregar antes de sair... Agora deixa, no hotel eu cuido disso...
Fé em Deus e pé na estrada. Estradas novas para serem observadas, ótimo!.. Estava cansado mesmo da sigla SP....
Uma lagoa enorme, plantações de algo que não me recordo mais, estrada e silêncio e... Ah, o sol!
Enfim deste as caras, estava esperando por ti... Agora sim posso encostar e dormir um pouco...
[continua...]
[Cabe lembrar que o fato motivador de escrever o diário é a música Quarto de Hotel, que muito se assemelha ao que tenho pra contar...]
Rumo ao sul
[diário de viagem de um louco]...
parte 1
Relatar os motivos [ou 'o' motivo] da viagem seria um tanto pessoal, e por ora, desnecessário. Pode-se dizer que eu fiz o que muitos não fariam, me arrisquei, entrei de sola, fui com a cara e a coragem... Hoje restariam ainda muitas dúvidas de várias pessoas sobre o ocorrido, mas se arriscar, saindo bem ou não, é algo que só se faz se tiver coragem o suficiente. E não guardo hoje mágoa alguma, muito pelo contrário. As experiências foram tantas e tão boas, que acho justo descrevê-las...
Os preparativos requisitaram tempo e preparo, pra não dizer o óbvio, financiamento...
Mas nada parecia importar, afinal, a viagem e outras coisas seduziam mais que qualquer esforço pudesse aplacar.
Chegado o dia, noite mal-dormida, primeiro aeroporto, primeiro avião, ansiedade. Os elementos básicos da pirâmide de Maslow ficavam para depois, o que importava era chegar!
Pouco tempo, é verdade, no céu. Mas o suficiente para estontear. Decolagem, Guarulhos: luzes, mais luzes, agrupamentos de milhares delas, ficando menores, avião subindo, uma curva pra esquerda, tchau São Paulo.
Sem sono, pouco mais de uma hora, avião descendo, dia amanhecendo, o Guaíba pela janela parecia de fato, lindo, trem de pouso na pista, bem-vindos a Porto Alegre.
Alegre... Era algo que de fato, resumia tudo. Recolher as malas, pegar um táxi, sacar dinheiro, pagar o táxi, comprar passagem de ônibus, telefonar, esperar... Pronto... Mais um pouco e enfim poderia encostar e relaxar...
Embarcando, poltrona reclinável, maravilha. Mp3 player ligado... Ih, a pilha! Babaca, esqueceu de recarregar antes de sair... Agora deixa, no hotel eu cuido disso...
Fé em Deus e pé na estrada. Estradas novas para serem observadas, ótimo!.. Estava cansado mesmo da sigla SP....
Uma lagoa enorme, plantações de algo que não me recordo mais, estrada e silêncio e... Ah, o sol!
Enfim deste as caras, estava esperando por ti... Agora sim posso encostar e dormir um pouco...
[continua...]
Marcadores:
Conclusões,
Diário,
Divagações,
Outono,
Porto Alegre,
Rio Grande do Sul,
Variedades,
Viagens
Assinar:
Postagens (Atom)