É preciso sol, é preciso chuva
Dias passarem, muitos dias as vezes
Deixar pra trás os que não foram proveitosos
Esperar que o próximo traga aquilo que é necessário
Crescer, fortificar suas raízes
As vezes olhando para os que estão ao seu lado
Mais alegres, mais radiantes, apontando pro sol
E mesmo assim não desanimar, nem invejar
De fato, a natureza traz alguns mistérios
Como a flor que demora meses a abrir
A árvore que leva anos a crescer
E sua florada dura as vezes mais de uma estação
Então eu pacientemente continuo a regar
Pois, das flores do meu jardim
Esta é a que mais ansiosamente espero ver
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
Ela
Está além do olhar
O semblante uníssono de beleza
Que sem exageros pode ser comparado à perfeição
Pois quem diz que esta é inatingível
É porque ainda não a conheceu
E de fato, muitos jamais conhecerão
Do brilho dos olhos ao rubor do rosto
Centrados pelo sorriso
Nada há para se criticar
E então, admiro
A ponto de perder as palavras
Ou enxergá-las todas numa nuvem
Passando rápido frente aos olhos
Que deveriam escolher o melhor adjetivo
Tarefa impossível
Mas talvez eu seja mesmo um privilegiado
Há os que não têm nem ao menos
Algo em que se inspirar
O semblante uníssono de beleza
Que sem exageros pode ser comparado à perfeição
Pois quem diz que esta é inatingível
É porque ainda não a conheceu
E de fato, muitos jamais conhecerão
Do brilho dos olhos ao rubor do rosto
Centrados pelo sorriso
Nada há para se criticar
E então, admiro
A ponto de perder as palavras
Ou enxergá-las todas numa nuvem
Passando rápido frente aos olhos
Que deveriam escolher o melhor adjetivo
Tarefa impossível
Mas talvez eu seja mesmo um privilegiado
Há os que não têm nem ao menos
Algo em que se inspirar
O trago/A janela
A janela aberta
Noite adentro
A rua acordada
Me chama, me atrai
Me condena
O retrato virado pra baixo
É o imã que me puxa
E me repele
A calçada que devora
A borracha do meu tênis
A mesma de ladrilhos
Que eu me fixo a olhar
Sem razão
Um café, dois cafés
Troco por um trago
E mais um trago, por favor
A fumaça que não é minha
Preenche o ar
Penso se não é melancolia
Ou ser patético
Aqui estar
Bobagem
Somos todos apreciadores das horas
Em que não se é preciso falar
Para querer dizer algo
E fadados às olheiras
À vontade de não dormir
E fazer desse escuro
E das luzes artificiais
Um refúgio
Imunes à banalidade do dia
Das conversas no celular
E das discussões de sentimentos
Por isso, por favor
Mais um trago
Enquanto a janela ainda está aberta
Noite adentro
A rua acordada
Me chama, me atrai
Me condena
O retrato virado pra baixo
É o imã que me puxa
E me repele
A calçada que devora
A borracha do meu tênis
A mesma de ladrilhos
Que eu me fixo a olhar
Sem razão
Um café, dois cafés
Troco por um trago
E mais um trago, por favor
A fumaça que não é minha
Preenche o ar
Penso se não é melancolia
Ou ser patético
Aqui estar
Bobagem
Somos todos apreciadores das horas
Em que não se é preciso falar
Para querer dizer algo
E fadados às olheiras
À vontade de não dormir
E fazer desse escuro
E das luzes artificiais
Um refúgio
Imunes à banalidade do dia
Das conversas no celular
E das discussões de sentimentos
Por isso, por favor
Mais um trago
Enquanto a janela ainda está aberta
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Dani, Ela
Começou do nada, uma voz chamava meu nome
Eu olhei pra baixo [pra baixo mesmo] e lá estava
O sorriso era o mesmo de hoje
Isso [felizmente] não irá mudar
Algumas coisas mudaram, vão mudar
Também felizmente, pois ela só muda pra melhor
Alguns dias ou meses mais pra frente
Eu via penteados e cores diferentes
Caras, bocas e caretas
O rosto -sempre de boneca- aos poucos ficou mais firme
E as caretas ela aperfeiçoou
E eu fiquei um tempo longe. Ela se preocupou
E eu sumi ainda mais. E ela não desistiu
E fui de mal a pior. Mas ela sempre me aturou
Foi da garota à quase mulher que já é
E o que falta sem dúvida é pra coroar o resto
E vejo nas fotos
Do chão de taco em frente ao espelho
Ou agasalhada naquele inverno tenebroso
Séria [raramente], sorrindo [quase sempre]
Linda, invariavelmente
Em preto e branco ou cores
E é justamente por uma dessas, em verde
Que só tenho a certeza de que algo nunca vai mudar
Suas qualidades... Não posso evitar, é meu ponto fraco
[O sorriso dela, e ainda mais em verde]

Eu olhei pra baixo [pra baixo mesmo] e lá estava
O sorriso era o mesmo de hoje
Isso [felizmente] não irá mudar
Algumas coisas mudaram, vão mudar
Também felizmente, pois ela só muda pra melhor
Alguns dias ou meses mais pra frente
Eu via penteados e cores diferentes
Caras, bocas e caretas
O rosto -sempre de boneca- aos poucos ficou mais firme
E as caretas ela aperfeiçoou
E eu fiquei um tempo longe. Ela se preocupou
E eu sumi ainda mais. E ela não desistiu
E fui de mal a pior. Mas ela sempre me aturou
Foi da garota à quase mulher que já é
E o que falta sem dúvida é pra coroar o resto
E vejo nas fotos
Do chão de taco em frente ao espelho
Ou agasalhada naquele inverno tenebroso
Séria [raramente], sorrindo [quase sempre]
Linda, invariavelmente
Em preto e branco ou cores
E é justamente por uma dessas, em verde
Que só tenho a certeza de que algo nunca vai mudar
Suas qualidades... Não posso evitar, é meu ponto fraco
[O sorriso dela, e ainda mais em verde]
Thi- 21/11/2008

domingo, 25 de maio de 2008
alvorece/alvoroço
Da noite pro dia tudo muda
Ao pôr do sol a luz se esvai
Entra em seu lugar o que é artificial
Mero contraste com as pessoas
Mais felizes e verdadeiras, as que dela gostam
Ou cansadas -porém honestas- as que gostam do dia
A noite pertence às sombras
O dia aos reflexos
Sombras ou silhuetas nas ruas
As mal-iluminadas ou as que, mesmo com a luz
Se tornam assim porque o que é artificial
Se dispersa, é da sua natureza
Os reflexos do dia espalhados
Nos vidros, nas vitrines, nos óculos escuros
Barreira segura para os que gostam de olhar
Ou até analisar friamente a outros
Olhos que espiam ou as pernas que desfilam
Mas da noite pro dia tudo muda
Os postes e faróis criam o ambiente perfeito
Nos fazem observar outros detalhes
E quando é novamente dia
As percepções estão trocadas
E o que era luz não necessariamente é mais
À noite pertencem os reflexos
E o dia revela as sombras
Reflexos turvos provocados pela garoa noturna
A beleza desfila com mais provocação
Pouco importa que demore a se chegar a algum lugar
Se há boa companhia tudo é muito mais belo
E ao dia restam as sombras das ruas
Pernas apressadas no sol do meio-dia
Óculos presos aos cabelos
Sombras impressas por todo lugar
A vida que não pára
E continua a se transformar
A beleza está em tudo a toda hora
O segredo é saber aonde olhar
Ao pôr do sol a luz se esvai
Entra em seu lugar o que é artificial
Mero contraste com as pessoas
Mais felizes e verdadeiras, as que dela gostam
Ou cansadas -porém honestas- as que gostam do dia
A noite pertence às sombras
O dia aos reflexos
Sombras ou silhuetas nas ruas
As mal-iluminadas ou as que, mesmo com a luz
Se tornam assim porque o que é artificial
Se dispersa, é da sua natureza
Os reflexos do dia espalhados
Nos vidros, nas vitrines, nos óculos escuros
Barreira segura para os que gostam de olhar
Ou até analisar friamente a outros
Olhos que espiam ou as pernas que desfilam
Mas da noite pro dia tudo muda
Os postes e faróis criam o ambiente perfeito
Nos fazem observar outros detalhes
E quando é novamente dia
As percepções estão trocadas
E o que era luz não necessariamente é mais
À noite pertencem os reflexos
E o dia revela as sombras
Reflexos turvos provocados pela garoa noturna
A beleza desfila com mais provocação
Pouco importa que demore a se chegar a algum lugar
Se há boa companhia tudo é muito mais belo
E ao dia restam as sombras das ruas
Pernas apressadas no sol do meio-dia
Óculos presos aos cabelos
Sombras impressas por todo lugar
A vida que não pára
E continua a se transformar
A beleza está em tudo a toda hora
O segredo é saber aonde olhar
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domingo, 30 de março de 2008
Rascunho
[ou rabiscos...]
-
Como seria a forma certa de começar?
Poderia eu falar de seu olhar
Ou da sua destacada brancura
Ou então de sua doçura, que tão rápido a alguém faz conquistar
Seria um desfile de adjetivos
Que até, talvez, se tornariam repetitivos
Pois não seria a primeira musa
Também não seria você homenageada pela primeira vez
Escrevo, então, por este bloco de recados apertado
Letras tortas de uma caligrafia destreinada
Iluminada por uma luz apenas, e distante da vista
Sentado à cama, pois é sempre a esta hora
[para não falar das outras]
Que me tomas os pensamentos
Me roubas o sono
E me deixa os sonhos
Só me resta falar, então
Sobre os sonhos que me aparecem -no sono ou não-
Farei portanto um apanhado deles
Da pele branca levemente fria -mas viva-
Juntamente com seus olhos e coração, que aquecem
Se tornando tensas a um toque meu, muito ansiado
E ganhas rubor e calor, o demonstrando com seu sorriso
E sinto comigo que o sonho, de tão bom
Está para acabar
Adormeço, ou então o sol vem me acordar
Até a noite seguinte -e volta e meia durante o dia-
Tornas a voltar...
-
Como seria a forma certa de começar?
Poderia eu falar de seu olhar
Ou da sua destacada brancura
Ou então de sua doçura, que tão rápido a alguém faz conquistar
Seria um desfile de adjetivos
Que até, talvez, se tornariam repetitivos
Pois não seria a primeira musa
Também não seria você homenageada pela primeira vez
Escrevo, então, por este bloco de recados apertado
Letras tortas de uma caligrafia destreinada
Iluminada por uma luz apenas, e distante da vista
Sentado à cama, pois é sempre a esta hora
[para não falar das outras]
Que me tomas os pensamentos
Me roubas o sono
E me deixa os sonhos
Só me resta falar, então
Sobre os sonhos que me aparecem -no sono ou não-
Farei portanto um apanhado deles
Da pele branca levemente fria -mas viva-
Juntamente com seus olhos e coração, que aquecem
Se tornando tensas a um toque meu, muito ansiado
E ganhas rubor e calor, o demonstrando com seu sorriso
E sinto comigo que o sonho, de tão bom
Está para acabar
Adormeço, ou então o sol vem me acordar
Até a noite seguinte -e volta e meia durante o dia-
Tornas a voltar...
sábado, 29 de março de 2008
Rascunho de 'Rascunho'




Apenas uma consideração: escrevi nessas pequenas folhas o esboço. Postarei a seguir o texto 'a limpo'
[minha letra não é assim tão feia, mas o tamanho do bloco não ajudou!]
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Idéia
Não duvidar.
Agarrar-se às idéias como se fossem a própria musa.
Deixar o mundo se mover, insano
Perder-se pelas janelas
E encontrar as palavras na roleta.
Deixar que olhem estranho
E estranhar a falta de interesse de todos.
Decorar o ritmo que imprimem
E destoar do mesmo apenas por transgredir.
Anotar na memória não as palavras
Mas as impressões.
Usá-las como o pintor com a tela em branco.
Lembrar, sempre, o que se quer contar.
Querer construir o mártir
E se contentar com o fora do comum.
Querer construir a musa
Achar a perfeição em cada uma delas
E querer morrer por ela, se existir.
Juntar tudo na mente
Que registra milhares de informações.
Esperar então que saia algo disso
Registrar finalmente as idéias
E corrigí-las, pouco a pouco
Fazendo das idéias, arestas.
Aparando e criando
Destruindo e desistindo
E ao final
Não querer mudar uma vírgula.
Agarrar-se às idéias como se fossem a própria musa.
Deixar o mundo se mover, insano
Perder-se pelas janelas
E encontrar as palavras na roleta.
Deixar que olhem estranho
E estranhar a falta de interesse de todos.
Decorar o ritmo que imprimem
E destoar do mesmo apenas por transgredir.
Anotar na memória não as palavras
Mas as impressões.
Usá-las como o pintor com a tela em branco.
Lembrar, sempre, o que se quer contar.
Querer construir o mártir
E se contentar com o fora do comum.
Querer construir a musa
Achar a perfeição em cada uma delas
E querer morrer por ela, se existir.
Juntar tudo na mente
Que registra milhares de informações.
Esperar então que saia algo disso
Registrar finalmente as idéias
E corrigí-las, pouco a pouco
Fazendo das idéias, arestas.
Aparando e criando
Destruindo e desistindo
E ao final
Não querer mudar uma vírgula.
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terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Fade-out
Take 6
O olhar vai longe, sem querer encontrar nada.
Não objetiva algo a se ver, apenas escaneia o que acontece
Olhando e desviando, fixando e perdendo o interesse
Tolamente gastando seu tempo.
Parece que enxergam a tudo, mas aquilo não serve de nada.
Escrevem histórias a serem contadas, com atenção a detalhes
Para logo depois perder novamente o olhar
Impotente.
O olhar vai longe, sem querer encontrar nada.
Não objetiva algo a se ver, apenas escaneia o que acontece
Olhando e desviando, fixando e perdendo o interesse
Tolamente gastando seu tempo.
Parece que enxergam a tudo, mas aquilo não serve de nada.
Escrevem histórias a serem contadas, com atenção a detalhes
Para logo depois perder novamente o olhar
Impotente.
Fade-out
Take 5
A linha do horizonte se apresenta
Difícil de separar onde começa e o que acaba.
A poeira de terra subindo, o cheiro da chuva
O vento que traz e que leva
O isqueiro que nada mais é que uma recordação inútil.
Recordações como filmes
Filmes sobre datas que passaram.
E quando passam, já não são nada mais que recordações.
A linha do horizonte se apresenta
Difícil de separar onde começa e o que acaba.
A poeira de terra subindo, o cheiro da chuva
O vento que traz e que leva
O isqueiro que nada mais é que uma recordação inútil.
Recordações como filmes
Filmes sobre datas que passaram.
E quando passam, já não são nada mais que recordações.
domingo, 6 de janeiro de 2008
Como a saudade
É como ficar sem tocar o piano. Ele acumula poeira, você acumula desculpas.
A corda se rompe, as teclas desafinam, o pedal se solta, a banqueta fica dura.
Você se esquece de como poderia ser simples tocar uma mulher.
Seu piano fica insensível, os sons graves mais agudos e os agudos mais graves.
Seu tato parece um cactus e seus modos mais defensivos.
De Bolero você se torna um Tango.
Do suave ao seco, você se inspira no vinho, e espera que o tempo corrija tudo.
Esqueceste as curvas do piano bem como as de uma bela mulher.
Trocaste o som das teclas ecoando e também o sorriso retribuído.
Você se tornou um ser puro.
Puro como a saudade...
A corda se rompe, as teclas desafinam, o pedal se solta, a banqueta fica dura.
Você se esquece de como poderia ser simples tocar uma mulher.
Seu piano fica insensível, os sons graves mais agudos e os agudos mais graves.
Seu tato parece um cactus e seus modos mais defensivos.
De Bolero você se torna um Tango.
Do suave ao seco, você se inspira no vinho, e espera que o tempo corrija tudo.
Esqueceste as curvas do piano bem como as de uma bela mulher.
Trocaste o som das teclas ecoando e também o sorriso retribuído.
Você se tornou um ser puro.
Puro como a saudade...
sábado, 27 de outubro de 2007
A garota que rouba corações
Ela é a garota que roubou o sorriso da Monalisa
[E o aperfeiçoou].
Ela é a garota que roubou o meu coração
O meu, o seu, o de todos nós
[E no melhor sentido da expressão]!
É a garota que tornou a brancura da pele
Em algo admirável, pelo conjunto da sua obra...
Que definiu o sorriso
Como algo pra se lembrar sempre.
É a garota que com seus olhos
Pode derreter qualquer olhar severo
É o fogo que corta qualquer gelo...
É a estátua que ganhou vida
E arrebata não por ser inalcançável
Mas por ser simplesmente bela e doce
[E com um coração que guarda todos os nossos, roubados por ela]...
[E o aperfeiçoou].
Ela é a garota que roubou o meu coração
O meu, o seu, o de todos nós
[E no melhor sentido da expressão]!
É a garota que tornou a brancura da pele
Em algo admirável, pelo conjunto da sua obra...
Que definiu o sorriso
Como algo pra se lembrar sempre.
É a garota que com seus olhos
Pode derreter qualquer olhar severo
É o fogo que corta qualquer gelo...
É a estátua que ganhou vida
E arrebata não por ser inalcançável
Mas por ser simplesmente bela e doce
[E com um coração que guarda todos os nossos, roubados por ela]...
domingo, 21 de outubro de 2007
Fade-out
Take 4
Som abafado
As fibras do carpete absorvem mais do que isso
Lágrimas secas e interrompidas
Indiferença de um lado, revolta de outro
Os pés calçam os sapatos...
É um até mais disfarçado de adeus...
Mil sentimentos em ebulição e explosão
Desculpas não mais adiantam
Olhar distante...
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Fade-out
Take 3
O barulho do sapato no granito dos corredores
Paredes que combatem o barulho
Assim como os corações lutam contra os sentimentos
Querendo acreditar que as separações também são boas
E, por fim, a madrugada ajuda a tornar certo o duvidoso.
O barulho do sapato no granito dos corredores
Paredes que combatem o barulho
Assim como os corações lutam contra os sentimentos
Querendo acreditar que as separações também são boas
E, por fim, a madrugada ajuda a tornar certo o duvidoso.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Fade-out
Take 2
O horizonte [ainda] é verde.
Verde, vento, tempo, pensamento
Tudo se cruza, tudo se julga.
Os cabelos que insistem em cair no rosto
Provam que o tempo continua a passar
Há de se aceitar.
-
[quando eu terminar as 6 partes, juntarei tudo e colocarei pra baixar] ;]
O horizonte [ainda] é verde.
Verde, vento, tempo, pensamento
Tudo se cruza, tudo se julga.
Os cabelos que insistem em cair no rosto
Provam que o tempo continua a passar
Há de se aceitar.
-
[quando eu terminar as 6 partes, juntarei tudo e colocarei pra baixar] ;]
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Fade-out
Take 1
Passos.
Em qualquer lugar, em qualquer ocasião.
Passos e pensamentos.
Decisões, perdas e ganhos.
Daqui pra frente nada é cem por cento.
Para chegar à fruta madura, há de se provar as que não tem gosto.
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segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Fade-out
Introdução
Passos.
Podem ser silenciosos sobre um carpete
Intermináveis contra o granito de um corredor imenso
Ou abafados contra um gramado.
Mãos nos bolsos.
Ombros largos.
Vento nas costas se a grama é o cenário.
Cabelo contra o vento
Pensamentos contra o tempo.
Passos ecoados se o corredor é o seu estar.
Sapatos contra as paredes que ressonam seu andar
Conspirando com o acaso ao acreditar que fôra melhor assim.
Ou então silenciados pelo carpete.
Pés descalços se iludem julgando que o chão é de veludo
Na cabeça, monta-se o final de uma tragédia grega.
Céu, terra e mar.
Os cinco elementos, as quatro estações.
O ano novo, o aniversário, os feriados.
Os números.
Os olhos vão adiante da linha do horizonte.
Sem focalizar nada e ao mesmo tempo registrando tudo
Fade-out, focando e desfocando conforme sua vontade débil
Enxergam a tudo, e ao mesmo tempo a nada.
Contabilizam mil pensamentos, e os descartam com velocidade ainda maior.
T. 03/09/2007
-
Fade-out, descrição em inglês;
Passos.
Podem ser silenciosos sobre um carpete
Intermináveis contra o granito de um corredor imenso
Ou abafados contra um gramado.
Mãos nos bolsos.
Ombros largos.
Vento nas costas se a grama é o cenário.
Cabelo contra o vento
Pensamentos contra o tempo.
Passos ecoados se o corredor é o seu estar.
Sapatos contra as paredes que ressonam seu andar
Conspirando com o acaso ao acreditar que fôra melhor assim.
Ou então silenciados pelo carpete.
Pés descalços se iludem julgando que o chão é de veludo
Na cabeça, monta-se o final de uma tragédia grega.
Céu, terra e mar.
Os cinco elementos, as quatro estações.
O ano novo, o aniversário, os feriados.
Os números.
Os olhos vão adiante da linha do horizonte.
Sem focalizar nada e ao mesmo tempo registrando tudo
Fade-out, focando e desfocando conforme sua vontade débil
Enxergam a tudo, e ao mesmo tempo a nada.
Contabilizam mil pensamentos, e os descartam com velocidade ainda maior.
T. 03/09/2007
-
Fade-out, descrição em inglês;
domingo, 26 de agosto de 2007
Fôra
No começo era tudo métrica, era tudo rima
Perfeccionismo na escrita, dicionário na mão
Procurando o sinônimo mais bonito, o decassílabo mais arrebatador
As duas quadras e os dois tercetos que melhor expressassem o sentimento
Antes era tudo obrigação, era tudo motivo
Forçava-se os acontecimentos para deles discorrer
Forjava-se o impossível para dele delirar
Exibia-se o projeto com o orgulho de um troféu
Fôra noutros tempos tudo muito cômodo
Perfeitamente arranjado para depois vangloriar-se
E tomar parte da criação, fazendo-se dela causa e conseqüência
Hoje porém se comemora o rompimento com a métrica
A livre escrita sobre o que paira na cabeça a qualquer hora
E a eternização de singelos momentos nunca d'antes relevados!
T. 26/08/2007
Perfeccionismo na escrita, dicionário na mão
Procurando o sinônimo mais bonito, o decassílabo mais arrebatador
As duas quadras e os dois tercetos que melhor expressassem o sentimento
Antes era tudo obrigação, era tudo motivo
Forçava-se os acontecimentos para deles discorrer
Forjava-se o impossível para dele delirar
Exibia-se o projeto com o orgulho de um troféu
Fôra noutros tempos tudo muito cômodo
Perfeitamente arranjado para depois vangloriar-se
E tomar parte da criação, fazendo-se dela causa e conseqüência
Hoje porém se comemora o rompimento com a métrica
A livre escrita sobre o que paira na cabeça a qualquer hora
E a eternização de singelos momentos nunca d'antes relevados!
T. 26/08/2007
Poeira e sangue seco
É como tentar evitar o inevitável
Acreditar que irá aproveitar o tempo
Que o relógio irá andar pra trás
Que a poeira não irá se acumular
É como acreditar que o sangue não irá derramar
Que a dor não irá doer, ou que vontade irá agüentar
Como acreditar que o sangue não irá secar
E que remover não irá machucar
É pensar que o tempo não irá passar
A poeira irá cessar
E a vida não irá mudar.
Ao fim, seremos só e apenas só
Poeira e sangue seco
E um punhado de memórias jogadas ao vento
T. 26/08/2007
Acreditar que irá aproveitar o tempo
Que o relógio irá andar pra trás
Que a poeira não irá se acumular
É como acreditar que o sangue não irá derramar
Que a dor não irá doer, ou que vontade irá agüentar
Como acreditar que o sangue não irá secar
E que remover não irá machucar
É pensar que o tempo não irá passar
A poeira irá cessar
E a vida não irá mudar.
Ao fim, seremos só e apenas só
Poeira e sangue seco
E um punhado de memórias jogadas ao vento
T. 26/08/2007
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Alva
Ela é lívida como um sorriso que arrebata
Ela é alva como a neve, macia como o algodão
Pintada como respingos de aquarela num quadro
Ela dorme como repousam os filhotes junto à mãe
Ela anda como se os quadris cantassem uma ópera
Fala como se a voz fosse uma sinfonia à luz do dia
Ela tateia como se não tivesse nenhum outro sentido
Ela respira como se o ar existisse para contemplá-la
E olha como se armas ou amores não fossem capazes de se equiparar a seu olhar.
T. 17/08/2007
Ela é alva como a neve, macia como o algodão
Pintada como respingos de aquarela num quadro
Ela dorme como repousam os filhotes junto à mãe
Ela anda como se os quadris cantassem uma ópera
Fala como se a voz fosse uma sinfonia à luz do dia
Ela tateia como se não tivesse nenhum outro sentido
Ela respira como se o ar existisse para contemplá-la
E olha como se armas ou amores não fossem capazes de se equiparar a seu olhar.
T. 17/08/2007
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