terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Idéia

Não duvidar.
Agarrar-se às idéias como se fossem a própria musa.
Deixar o mundo se mover, insano
Perder-se pelas janelas
E encontrar as palavras na roleta.
Deixar que olhem estranho
E estranhar a falta de interesse de todos.
Decorar o ritmo que imprimem
E destoar do mesmo apenas por transgredir.

Anotar na memória não as palavras
Mas as impressões.
Usá-las como o pintor com a tela em branco.
Lembrar, sempre, o que se quer contar.

Querer construir o mártir
E se contentar com o fora do comum.
Querer construir a musa
Achar a perfeição em cada uma delas
E querer morrer por ela, se existir.

Juntar tudo na mente
Que registra milhares de informações.
Esperar então que saia algo disso
Registrar finalmente as idéias
E corrigí-las, pouco a pouco
Fazendo das idéias, arestas.
Aparando e criando
Destruindo e desistindo

E ao final
Não querer mudar uma vírgula.

Um comentário:

Luna disse...

Adoro tudo o que vc escreve.
clap, clap, clap!